EQM de Bill W
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  1. A EXPERIÊNCIA
  2. aEXPERIÊNCIA ADENDA após ter contado a sua EQM


  3. Descrição da Experiência:

    Eu tinha uma consulta no médico, para descobrir o porquê, de nos últimos três anos, eu não conseguir caminhar muito sem adormecer. Qualquer esforço físico era extenuante. Após ter feito testes de contraste, o médico ficou espantado de eu ainda estar vivo pois oitenta e cinco por cento de uma artéria e noventa e cinco por cento da artéria principal coronária estavam obstruídas. Enquanto estava deitado na marquesa o médico disse-me para não me levantar pois ele não poderia ser responsável pelo que me pudesse acontecer quando eu me levantasse. Em todos os aspectos, eu deveria estar morto ou deveria morrer muito em breve. Uma cirurgia de triplo bypass de emergência foi marcada para a manhã seguinte.

    Na manhã seguinte, antes da cirurgia no dia 3 de Abril de 2000, a minha namorada trouxe os meus filhos para me verem. A minha filha disse-me que queria que eu lhe acenasse quando estivessem no parque de estacionamento pois ela sabia qual a janela que pertencia ao meu quarto. A enfermeira deu-me algo que me apagou quase imediatamente, por isso eu nunca cheguei a acenar aos meus filhos. Esta culpa seguiu-me durante a EQM.

    Quando morri pela primeira vez, na mesa de operações, eu não percebi que estava morto. Não hoive uma experiência de fora do corpo, nem túneis, nem luz no final do túnel, nem espiritos, nada. Eu estava fora do meu corpo e saltei para o local mais magnifico e belo que jamais vi. A luz lá não é visual. Os sentidos são todos impressões totalmente abrangentes inundadas no meu ser de uma só vez. A experiência é tão intensa, que é dificil de explicar pois não segue uma sequência lógica e está toda envolvida em emoção. As palavras são demasiado limitadas para explicar, mas eu estou a dar o meu melhor para tentar contar o que aconteceu.

    Os sentidos ficam extremamente apurados e não funcionam como aqui. As palavras são completamente inadequadas, porque todos os sentidos estão envolvidos uns nos outros. Temos na terra um largo vocabulário baseado em descrever acontecimentos em termos do que vemos. Embora, eu tenha sentido a experiência, eu posso descrevê-la melhor em termos de visão.

    A relva era tão verde que doía só de olhar para ela, e sabia tão bem! Eu até podia saborear a relva por a sentir, sabia a melancia. Caminhar na relva era maravilhoso - era um sentimento incrivel. A melhor forma de eu o descrever é, “OH MEU DEUS! WOW!!!” O sentido do cheiro não tinha nada a ver com o nariz. Era mais como se se infiltrasse através das bochechas por baixo dos meus olhos, como cheirar através dos seios nasais.

    Não tive uma visão de 360 graus, como muitas pessoas. Suponho que foi por eu estar focado na relva e noutras coisas que estavam mais perto e mais captavam mais a minha atenção. O resto do que poderia lá estar não era importante. A melhor forma de descrever onde eu cabia no esquema das coisas era como se eu estivesse num hall. Esta é a área da casa que não é a casa, mas também não é fora da casa. Este hall não é tão quente como a casa, e não é tão frio como lá fora. É o meio, uma área de grande tráfego, onde os convidados deixam os sapatos e se preparam para transitar para o interior da casa.

    Então três luzes amarelas vieram na minha direcção. Elas vieram do lado esquerdo de um pinheiro incrivelmente de cor verde intenso (cor de uma folha de plátano no verão com a luz a atravessá-la). Tive a sensação do amarelo e o sabor da limonada. Não amarelo como uma banana, mas era mais a emoção e o sentimento do amarelo. Uma espécie de chama a dançar no topo de uma vela durante um jantar romântico e também como a sensação do brilho quente amarelo do sol. Não as vi na realidade, mas sabia que estavam lá. Não lhes posso chamar na realidade entidades, anjos ou demónios. Elas eram mais como presenças. Estas presenças eram mais como baterias, eram energia, estavam apenas lá.

    Não ouvia com os meus ouvidos. Em vez disso ouvia no centro da minha cabeça, perto da parte de trás do lóbulo frontal. A presença à minha direita, comunicou telepaticamente comigo. A comunicação não era feita em palavras como as conhecemos. Este ser comunicou um sentimento com a essência do significado, “Podes ficar se quiseres, ou podes voltar. Mas se voltares, tens de fazer algo.” Eu sabia que eu tinha de voltar por uma razão. A razão era mais como se eu não tivesse ainda acabado, não porque tivesse de fazer algo. Isto é dificil de explicar, mas é como se fossemos o patrão, algo tem de ser feito, mas quem o irá fazer? Eu escolhi voltar e acabar algumas tarefas.

    Parte de minha decisão de voltar foi devido aos meus filhos. Por muito feliz que estivesse lá, fiquei incontrolavelmente triste. Lembrei-me que não tinha dito adeus aos meus filhos. Precisava de voltar e dizer adeus. Então saltei de volta para o meu corpo.

    Ugh! Podia ver o separador das costelas, e ouvir um tipo a gritar. Vi o dispositivo de sucção, a tirar o sangue da minha cavidade peitoral. Senti o meu braço e perna esquerdos em fogo, onde eles tinham tirado as veias para as usarem na cirurgia de bypass do coração.Podia sentir a pressão no meu coração. Não conseguia respirar. OW! Doía! E “pop” estava de volta ao outro lado.

    Novamente, não havia túneis ou espiritos. Foi apenas pop, e eu estava de volta lá. Contudo, desta vez foi diferente. Embora eu estivesse noventa por cento lá, também havia a sensação de que não estava lá. A experiência foi quase a mesma que a primeira, mas também foi cerca de dez por cento menos intensa do que a primeira vez. Na segunda vez, não fui acolhido à porta, nem entrei no hall.

    Fiquei radiante por reconhecer Memé, a minha avó. Ela era parecida com as fotografias que eu tinha visto no albúm de fotos no dia anterior ao seu casamento. Ela era jovem, saudável e vibrante. Ela tinha sido sempre muito especial para mim pois ela foi a única que me amou pelo o que eu era. Eu não tinha de fazer nada; ela apenas me amava por eu ter nascido. Uma das primeiras coisas que me ocorreu foi perguntar-lhe o porquê de eu estar lá. Memé era muito religiosa, e eu não. Eu questionava-me porque é que estávamos os dois no mesmo lugar.

    Então a Memé comunicou-me, “Billy, tu não podes entrar. Não podes ficar, tens de voltar.” Eu objectei porque doía tanto estar no meu corpo. Ela disse-me que iria voltar comigo, mas eu não poderia ficar. Eu queria abraçá-la, mas não conseguia. Era como se ela estivesse numa bola de sabão. Eu podia sentir o abraço mas sabia que ela não me tinha abraçado fisicamente. Era como dizer que um abraço é dez por cento físico e noventa por cento tudo o resto.

    Para meu espanto, eu saltei de volta ao meu corpo e não doía. O que eu vi na sala de operações foi uma luz acima das próprias luzes da sala. Era muito mais brilhante do que as luzes da operação. Eu sabia que era a Memé. Ela fez o meu braço saltar e atingir o médico. Ouvi, “Ele está de volta”. Então eles renovaram os esforços para me ressuscitar e acabar a operação. A Memé bloqueou a dor, como se a levasse. Eu estava consciente que ela estava a sorrir para mim.

    Durante a recuperação foi realmente duro. Eu estava tão deprimido. Tudo o que eu conseguia ver era uma pessoa fisicamente definhada. Por um lado eu desesperadamente não queria estar aqui, mas por outro lado, eu realmente queria estar com os meus filhos. Eu sabia que iria ficar por eles.

    Após a minha cura, eu sabia que a minha missão era trabalhar com crianças. Eu precisava de abrir um recanto. Em Junho de 2002, senti-me tocado. Já tinha tido bastante de reuniões familiares e fui buscar uma pizza a um local onde nunca tinha ido antes. O que vi foi a loja vazia do outro lado da rua da pizzaria. Eu disse, “de forma alguma”. A minha mente racionalestava a dizer que a cidade era muito pequena e não suportava este recanto. Mas, ali estava ele. Havia pelo menos quarenta crianças à direita, e trinta crianças à esquerda da loja vazia. Eu sabia que era aqui que eu iria construir este recanto que era parte da razão de eu ter voltado à terra. No dia seguinte, arrendei o espaço e em 22 de Junho de 2002 (no solsticio de verão) abria o Castelo do Cody.

    EXPERIÊNCIA ADENDA

    Cerca de uma semana após eu ter falado acerca da minha experiência pela primeira vez e ter começado a integrar a minha EQM com a minha realidade actual, tive uma experiência fantástica.

    Estava ao computador, numa sala de chat, numa sexta-feira, às 2:30 da manhã. Normalmente ignoro janelas de pop-up porque elas querem sempre que nos direccionemos para um site porno. No entanto, desta vez, eu cliquei nela em vez de a ignorar. Senti imediatamente um formigueiro eléctrico a passar através do teclado para o meu braço, enviando tremores através do meu corpo. A mulher do outro lado também tinha tido uma EQM.

    Normalmente, não pergunto às mulheres qualquer informação pessoal até as conhecer. No entanto desta vez, eu estava a ser compelido por forças externas a mim. Pedi-lhe para ela me dar o seu número de telefone para eu poder falar com ela. Ela fê-lo. Então quando lhe liguei, fui compelido a pedir o seu endereço pois eu sabia que ela vivia a cerca de duas horas de viagem de mim. Ela deu-me o seu endereço. Isto é completamnete fora do meu carácter, mas não conseguia evitar a compulsão. Saltei para o carro e prontamente conduzi através de metade do estado para poder estar lá. Eu sabia que tinha de a ir ver, e que tinha de ser agora.

    Na realidade não sabia para onde estava a ir, nunca lá tinha estado, mas conduzi até lá sem qualquer problema. Ela deu-me as boas-vindas à porta. Ela pensou que eu estava lá por sexo, mas eu tive de explicar que aquilo não estava na minha mente. Estava lá para lhe dar uma mensagem. Dentro de vinte e quatro horas uma coisa muito má iria acontecer-lhe, e ela precisava do que eu lhe tinha para dar para o superar. Conscientemente, eu estava a fazer coisas que nunca tinha feito antes. No entanto não me conseguia conter.

    Coloquei as minhas mãos, uma à frente e outra atrás do seu peito, perto do coração dela. Disse-lhe, “Aqui está o teu poder.” Pareceu que eu também lhe tirei algo. De repente, houve uma espantosa e intensa transferência de energia de mim para ela. Veio do plexo solar numa forma rectangular. A energia era como vento de uma ventoinha que ia de mim para ela. Fez com que o meu cabelo ficasse de pé e que tivesse arrepios pelos meus braços. Disse-lhe que era um presente de energia, e que eu era apenas o mensageiro.

    Como era de manhã, e ela é diabética, ela foi tomar o seu medicamento. Então, o telefone tocou. Ambos sabiamos, “é isto”. As noticias estavam prestes a rebentar. Ela atendeu o telefone e começou a chorar. A sua mãe estava nos cuidados intensivos. Ela pediu-me para a levar até ao hospital pois a sua mãe estava em coma. Eu disse-lhe que não a podia levar, pois era parte da sua tarefa, que ela tinha de fazer por si própria. Soube então que a mãe dela me tinha enviado para lhe dar este presente de energia e para estar com a sua filha quando ela recebesse a noticia.

    Depois de ela desligar o telefone, foi tomar a sua insulina. Tive um surto de energia que foi disparado de mim até ela, que a paralisou como quando um veado vê os faróis de um carro que se aproxima. Ela ficou paralisada durante cerca de dez batidas cardíacas. Então, lentamente voltou-se para mim. Tinha enchido a seringa de insulina e tencionava matar-se com uma overdose de insulina. Eu disse-lhe que agora ela portadora do presente. Ela não podia fazer aquilo agora.

    Naquele momento, era como se um escudo de energia a rodeasse. Rodopiava à sua volta como um tornado virado ao contrário. Era como se ela tivesse uma sensação de energia renovada e propósito. Ela agarrou nas suas roupas e preparou-se como se fosse para uma batalha. Foi espantoso observar essa transformação.

    No caminho para casa, eu estava exausto por não dormir há vários dias. Relembrei o momento da transferência do poder. Foi como se ficasse revitalizado. Conduzi até casa sentindo-me como se tivesse dormido durante horas.

    Fez uso de medicamentos ou substâncias com potencial para afetar a experiência
    Sim Foram-me dados medicamentos durante a cirurgia.

    Foi difícil expressar em palavras o tipo de experiência? Sim Esta experiência é muito diferente do que o que eu estou habituado a falar. Aqui, é como se eu usasse uma parte diferente do meu cérebro que toca na emoção. Estou habituado a expressar pensamentos com a parte do cérebro que eu chamo, processos de pensamento superior – como matemática, movimento, coordenação mão-olho. Mas isto é diferente. É como tentar explicar o vermelho a uma pessoa cega. As sensações de que podemos falar. Podemos demonstrar formas ou coisas que associamos com o vermelho, mas uma pessoa cega não tem essa referência para o vermelho uma vez que não o pode ver. Fico frustrado ao tentar explicar a experiência. Quero realmente falar acerca dela, mas meras palavras não são suficientes para descrever a experiência.

    Havia alguma ocorrência de risco de vida associada na época da experiência? Sim Cirurgia ao coração.

    Em qual momento, durante a experiência, você estava em seu maior nível de consciência e vigilância? Incrivelmente consciente.

    A experiência assemelhou-se, de alguma forma, a um sonho? Sim, uma parte foi surreal, como as pessoas e a minha “Mem” (Memé).

    Vivenciou uma separação corpo-mente? Sim Saltar para dentro e para fora do meu corpo/realidade, isto aconteceu duas vezes.

    Que emoções sentiu durante a experiência? Maravilha; tristeza por partir; determinado em voltar, frustrado por ter de ficar e fazer algo.

    Ouviu sons ou ruídos incomuns? Sim, tive uma conversa com três entidades, cada uma a fazer perguntas similares, mas de uma forma teatral – não com palavras – como uma forma diferente de comunicação.

    Entrou ou atravessou algum túnel ou compartimento fechado? Não

    Você viu uma luz? Não

    Encontrou ou viu outros seres? Sim Três luzes/cores/pessoas – elas pareciam falar comigo, mas não com palavras. Por favor ligue-me se quiser detalhes, isto é relamente stressante de escrever.

    Você reviu acontecimentos passados de sua vida? Não As religiões são um bando de interesseiros!

    Durante a sua experiência, observou ou ouviu qualquer coisa associada a pessoas ou eventos que foi posteriormente verificada? Não

    Viu ou visitou belos ou especiais lugares, níveis ou dimensões? Sim Sim eu estava num local de beleza indescritivel – de ambas as vezes – mas o segundo local era uma espécie bi-dimensional – como uma imagem do local que eu tinha visitado a primeira vez.

    Você sentiu uma alteração de espaço e tempo? Sim Perdi completamente a noção do tempo.

    Teve a sensação de possuir um conhecimento especial, de ordem e/ou objetivo universal? Sim Estamos todos interligados e estes padrões de interligação são parte de uma função maior. O homem é a única criatura que utiliza o modelo causa e efeito para tomar decisões. Ao usar o ego para interferir com os padrões universais de causa e efeito, cria um completo desequilibrio entre o homem e o universo. Há uma desconexão completa de quem nós somos e de como encaixamos no grande esquema das coisas. Em vez de vivermos no mundo, nós dominamo-lo. Ao fazê-lo, não somos uma parte do mundo. Posso sentir o mundo a gritar.

    Voltei com um tipo de missão. Estou a tentar começar a busca agora.

    Alcançou um limite ou uma estrutura física limitante? Sim Da segunda vez ressaltei numa parede quando tentei abraçar a minha “Mem” (Memé).

    Tomou conhecimento de eventos futuros? Sim. Eu sabia que iria abrir um recanto para ajudar crianças. Eu apenas podia voltar se fizesse a diferença na vida de alguém. Eu iria tocar muitas vidas, mas uma em particular. Haveria uma mulher que viria ao recanto, o seu cabelo molhado, ela estaria tensa tentando não gritar. Eu seria capaz de a ajudar. Então haveria uma passagem de dois – duas horas, dois dias, dois anos, não sei – apenas dois. Então eu posso deixar este mundo. Liberto-me desta realidade. Esta realidade é tão horrivel neste momento. Sinto-me como um papagaio sem cauda, e que rodopia por não ter estabilidade. Despenha-se. Tinha de fazer isto como um acordo para voltar. Este é o meu destino e a aparição desta mulher é um marco na minha vida. Tive de satisfazer estes requisitos para me ser permitido voltar e dizer adeus aos meus filhos.

    Participou ou teve consciência de uma decisão de retornar ao corpo? Sim Da primeira vez foi-me dada a escolha de ficar ou voltar. Eu escolhi voltar porque tinha prometido ao meu filho de sete anos que lhe diria adeus.

    Passou a ter quaisquer dons psíquicos, para-normais ou outros especiais a seguir à experiência que não tinha antes? Sim Posso ver e sentir coisas agora que estou mais consciente de tudo. Por exemplo, a pessoa a tossir lá ao fundo, posso ver a infecção no pulmão esquerdo. Dizer-lhe que necessita de colocar uma toalha branca como compressa no seu pulmão esquerdo.Tem um grande objecto verde no seu ombro direito? Algo como uma planta? (A MINHA RESPOSTA: Sim, tenho uma planta grande na prateleira junto à secretária do meu computador do meu lado direito.)

    Conceitos de cura são que nos curamos de dentro para fora. Nós não nos curamos, reparamos. Tornamo-nos cuidadores da doença. Os médicos cosem o buraco; nunca lhe colocam nada lá dentro. Eu curo através de transferência. O Cody ficou doente, ele segurou-o, lábios junto à sua coluna, ficou triste, e sugou a doença do Cody para ele próprio. Ele ficou com a doença. O Cody esqueceu-se que tinha estado doente.

    A minha capacidade psiquica aumentada começou cerca de oito meses após a minha operação. Eu estava na sala. Repentinamente agarrei a minha perna esquerda e comecei a esfregar o meu joelho. O meu filho entrou porque tinha-se magoado caindo de uma scooter. O meu filho tinha arranhado a sua perna, e estava agarrado a ela (do mesmo lado) e ao joelho da mesma forma que eu estava agarrado oa meu. Este laço entre mim e o meu filho afectou positivamente o seu bem-estar mental. Quando ele está na sala, eu posso senti-lo. Quando um de nós fala, o outro acaba a frase.

    Posso ver a pessoa a caminhar lá fora na rua, perto do recanto, tem uma infecção no ouvido. É uma impressão que eu tenho, não que sinta a sua dor ou algo como isso.

    De outra vez, uma rapariga veio ao recanto. Eu podia dizer que ela estava a ser molestada por uma figura masculina mais velha. Perguntei-lhe se ela queria falar acerca disso. Ela olhou para mim e então acalmou-se e saiu, como se se tivesse libertado de um fardo. Não foram ditas nenhumas palavras e ela não voltou.

    Vejo fantasmas. Uma vez estava a comer pizza e a olhar para uma casa que se parecia com aquela da velha comédia “A familia Adam’s”. Conheci o dono e ele convidou-me para uma visita. Vi uma mulher que costumava viver lá. Ela era um espirito aprisionado. Ela voltou porque queria os seus papeis rendados (bases para bolos que se colocam nos pratos) e uma fotografia do seu marido. Disse isto ao dono. A mulher disse-me que ela costumava fazer os papeis rendados e vender dez por um penny. Ela disse-me que na cave eu iria encontrar a fotografia que ela procurava. Claro que na cave, foi encontrada uma litografia de 1,20m por 2,40m de um soldado com uma arma na sua mão. Ela também me disse que o seu quarto era quente e mesmo ao lado da chaminé. O dono negou isto, pois não havia chaminés na casa. No entanto, durante o restauro, ele ligou-me e disse-me que tinha encontrado a chaminé e o quarto dela. Aparentemente as lendas familiares estavam erradas e na realidade ela estava a dormir nos aposentos dos servos. A chaminé tinha três tijolos retirados para permitir que o calor entrasse no quarto dela.

    Eu experiencio fantasmas. Na realidade não os vejo. Estava a conduzir perto do cemitério e tive uma sensação estranha de raiva e podia sentir fantasmas erguendo os punhos para as pessoas que passavam junto ao cemitério. Mais trade, descobri que a cidade precisava de espaço extra para as estradas, por isso moveram a vedação do cemitério em cerca de 2,40m, mas não moveram os corpos. Os espiritos estavam zangados com isto.

    Passei por uma casa e olhei duas vezes para a janela. Pude sentir que tinham batido numa criança e que tinha um lábio ensaguentado. Um mês mais tarde, reparei que o quarto pertencia a uma criança pois, havia um decalque infantil a desvanecer-se por ter mais de dez anos.

    É realmente estranho entrar numa sala e sentir que as pessoas não gostam de mim. Antes da EQM, eu assumia que ia a reuniões familiares e que a minha familia gostava de mim. Sentia que alguns dos meus familiares estavam a projectar raiva e repugnância na minha direcção. Também era capaz de ver que outro familiar me queria dizer que tudo estava bem entre nós, mas ela era muito timida para me dizer algo.

    Suas atitudes e crenças foram alteradas após a experiência? Sim A morte é algo a não temer. Em Julho de 2002, o meu filho mais velho de vinte e um anos morreu num acidente de carro. Eu estive lá à cabeceira da sua cama. Posso dizer-vos que embora ele estivesse em coma ele estava aborrecido. Achei esquisito não ter sentido a emoção que a sociedade diz que eu devia sentir. Em vez disso, dizia-lhe que desejava poder ir com ele porque era para um lugar bonito e maravilhoso que ele estava a ir. O sentimento de aborrecimento por parte do meu filho, por não poder acabar todas as coisas que ele desejava na vida, tornou-se curiosidade. Ele sabia que estava bem e deixou ir. Fui dizer à enfermeira que ele não estava lá. A enfermeira insistiu que por ele estar a respirar ainda estava vivo.

    Sim, convenci-me que as “Religiões Organizadas são uma Enorme Fraude” perpetrando uma farsa na humanidade. Tenho tanta raiva em relação às religiões organizadas. Fui criado um Católico devoto, mas após a minha EQM, estou muito desiludido. Perdi um dos meus melhores amigos, um pastor que era como um irmão mais novo, porque eu não conseguia suportar a porcaria que ele dizia às pessoas. Abri a minha loja, provavelmente na pior área que podia ter escolhido, porque era o local ideal para ela. Sem a certeza do porquê, apenas senti que era o absolutamente correcto.

    A EQM realmente arruinou a minha vida. Não me consigo dar com a minha namorada (mãe dos meus filhos) pois ela acha repulsivo estar na mesma sala que eu. Ela expulsou-me de casa. Estivemos juntos durante quatorze anos. Dediquei a minha vida aos meus filhos desde que eles nasceram. Estou muito apegado aos meus filhos embora não conseguisse fazer muito com eles, desde que exigisse um esforço físico. Estou a tentar lidar com todas as emoções intensas da EQM e agora também, com as intensas emoções de uma relação arruinada. Até agora, tenho muitas emoções reprimidas pois estou a tentar lidar com a dor. O que sinto mais falta é de acarinhar os meus filhos de manhã antes de eles irem para a escola. Isto é muito dificil para mim.

    Casa, para mim, não é o outro lado. Casa, para mim é onde os meus filhos estiverem. Mesmo quando deixar este plano, estarei a olhar por eles.

    Você compartilhou esta experiência com outras pessoas? Sim Do riso à admiração e o que vai entre eles.

    Que emoções vivenciou após a sua experiência? Depressão de uma profundidade incrivel.

    O que foi o melhor e o pior em sua experiência? O conhecimento que os meus filhos ficarão “bem” e o pior é o conhecimento que voltarei e deixarei o meu rapaz. Preocupado com ele por algum motivo. A minha filha parece estar a desvanecer-se da minha percepção – deste modo – palavras não são suficientes!

    Há algo mais que desejaria acrescentar referente à experiência? SIM!! Durante meses tive o dom. A capacidade de falar/ouvir espiritos mortos que vagueavam. Muito irritante e não posso partilhar o conhecimento.

    A sua vida mudou especificamente por conta da sua experiência?Sim Muito envolvido para repetir.

    Após a experiência, surgiram outros eventos em sua vida ou fez uso de medicamentos ou substâncias que reproduziram alguma parte de sua experiência?Sim Posso re-experienciar a EQM por me lembrar dela. Houve alguma distorção do tempo porque não tenho ideia de quanto tempo passou. Posso voltar às emoções e a memória é muito clara. Não como as memórias de coisas que aconteceram na terra, como o nascimento dos meus filhos. As minhas memórias emocionais, posso lembra-me delas cem por cento. A memória da EQM é similar, mas mais intensa. É diferente, porque a memória vem de um local diferente no meu cérebro. Quando falo acerca de memórias de momentos emocionais, alegria, a dor é distante. Se fechar os meus olhos e voltar à EQM, vêm memórias vívidas e imediatas, como um copo de água prestes a cair de uma mesa. Tenho absoluta convicção de que a experiência foi real, e não uma alucianção. Sei a diferença entre drogas e alucinações. A EQM não foi como nenhuma delas.

    Existem questões poderíamos pedir para ajudá-lo a acomunicara sua experiência? Não posso colocar emoções através de um teclado. Tenho dificuldades em encontrar a linguagem para descrever o que aconteceu.

    LOL – transformem isto num gravador e eu conseguiria comunicar muito melhor a experiência.